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terça-feira, 12 de março de 2019

De uma forma absurda que dá medo

De uma forma absurda que dá medo
Quero ler suas frases trezentas e cinquenta e cinco vezes - além das outras mil que já li - até respirá-las e permitir que entrem em minhas narinas tais qual substância vital que me deixe ligada - ligada a você ligada ao que senti ao que senti que você sentiu a tudo que herdei de lembranças.
No meu corpo suas falas caminhariam por minhas veias e pulsariam junto com o meu pulsar - que já é tão pouco só acelerava com você - e na vermelhidão da minha face eu me vejo contendo você esse seu corpo dentro do meu corpo por meio do que a gente quis bem no meio de todos os afins que justificariam a sua atitude.
A dor se dá
de uma forma
absurda
que dá medo
O que foi que eu perdi mesmo?

Juliana Barreto, 2018

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