Pesquise Aqui

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Estática



Diante da dor que trago no peito
Sem goles de conhaque
Nem tragos de cigarros
Que em tudo davam um jeito
Sem o apoio dos braços distantes
Que me mantiveram tão, tão perto
Sem a alegria ininterrupta
Nem mesmo aquela tão pouca
Sobre cujo sumiço eu não sei ao certo…
Diante de tudo que se mobiliza

Porém
Que irremediavelmente
Me paralisa,
Eu fecho os meus olhos
E as lágrimas descem em forma de prece
E, assim, sou pequenina
Assimétrica gota cristalina
Perante o mar a que tudo desobedece.
Diante do vento sobre o penhasco
A lembrança do falso amor
Em um forte abraço,
Eu sou o mínimo
Admirando o tamanho do Corcovado.
Diante destes todos sentimentos
Que tanto se traduzem em Dor,
Sou apenas uma imóvel estátua viva
Em frente à vivacidade
Do Cristo Redentor.
Juliana Barreto - 30/05/2010.

Nenhum comentário:

Postar um comentário