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segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Amo (e não tenho) a ambos

Rasgue meu peito e você irá ver
Um coração dividido
Dolorido
Bipartido entre o improvável e o impossível.
Dois amores coloridos
Diferentes escadas que levam ao infinito
É como querer propositalmente precipitar-me num abismo
É ingenuamente abraçar meu inimigo.
Abra seu coração e você irá ver
Como estou lá dentro esperando por você
Mesmo depois de todas as inconstâncias
Mesmo abandonada por quaisquer esperanças

Mesmo não conseguindo esquecer nenhuma de nossas lembranças.
Olhe para dentro de você e tente enxergar
Como tudo o que eu fiz foi para te agradar
O tanto que eu lutei para não deixar de te amar
Como é só te ver para deixar-me embriagar no seu olhar.
Olhe para nós e perceba
O quanto é difícil aceitar a realidade
Seja por causa de um amor improvável devido à falta de equidade
Seja por um amor impossível que não consegue romper o significante detalhe
De uma determinada adversidade.
Sinto-me presa por vontade
Ao embalo de duas diferentes canções, mas
Dançadas no mesmo compasso
Procurando amar sempre, mesmo que inutilmente
Deixando tanto a vida quanto a morte entrarem pelo meu nariz
Deixando-me embriagar pela incerteza de ser feliz
Caindo e levantando repetidamente mil vezes
Na improvável e impossível esperança de um dia te conseguir.
Amo (e não tenho) a ambos
E isso não dá para digerir…
(Juliana Barreto)
20/08/2009

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